Francieli Fantinato pede para deixar o cargo de coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI), após 9 meses na função. O ministro Marcelo Queiroga confirmou que recebeu o pedido, mas não informou a data da exoneração. Ao conversar com a imprensa na noite desta quarta-feira (30), Queiroga disse que a decisão foi dela e que “por mim, continuaria. Ela presta um excelente serviço, é uma funcionária pública, de carreira, que vem trabalhando muito bem no Ministério”. Francieli assumiu em outubro do ano passado, após a aposentadoria de Carla Magda, que ocupou o cargo por 8 anos.
Fantinato é investigada pela CPI da Pandemia, após convocação feita pelo Senador Otto Alencar, do PSD da Bahia. A decisão de deixar o cargo, que não foi publicada no Diário Oficial, acontece após o STF autorizar uma acareação entre a coordenadora e a médica Luana Araújo, que já depôs a CPI.
As duas devem ficar frente a frente em uma nova sessão da Comissão, para que sejam esclarecidas declarações e acusações. Pela decisão do ministro Luis Roberto Barroso, ela deve comparecer, mas vai ter o direito resguardado de ficar em silêncio caso queira durante os questionamentos. Ela ainda terá direito de ser acompanhada de um advogado e não sofrerá com medidas restritivas.
O pedido de convocação dela se deu por conta de uma nota técnica que ela teria editado, e que garantia a aplicação de qualquer dose de vacina contra covid-19 em gestantes que tomaram a vacina da AstraZeneca.