Cidade em Retratos: Gilberto Petruche, dono de uma das últimas videolocadoras de SP

Há 26 anos, ele mantém as portas abertas no bairro de Sapopemba, na zona leste

Arthur Covre

Gilberto Petruche, dono do Charada Videoclube Foto: Arthur Covre
Gilberto Petruche, dono do Charada Videoclube
Foto: Arthur Covre

- Não ganho dinheiro com isso há dez anos, pelo menos.
- E o que a sua família acha?
- Faz uma década que minha mulher não pisa aqui.
- E por que você continua?
- Por causa do amor que eu tenho por isso aqui.
"Isso aqui" é o Charada Videoclube fundado por Gilberto Petruche há 26 anos no mesmo imóvel na Vila Tolstoi, na região de Sapopemba, zona leste de São Paulo.
É uma das poucas videolocadoras que sobreviveram em São Paulo aos canais de TV a cabo, à pirataria e, agora, ao streaming. “No auge, no início do ano 2000, eu cheguei a alugar oitocentas fitas em um dia. Hoje, quando está bom, são 100 no mês”, revela.
Para pagar os 2.500 reais de aluguel, ele aluga as fitas VHS, vende DVDs e Blu-rays, além de discos de vinil. E vai dando um jeito aqui e ali para fechar as contas.
Uma das alternativas foi transformar o videoclube em um centro cultural com lives e apresentações. Mas, a pandemia prejudicou os planos. 


Ouça mais uma edição da coluna Cidade em Retratos com o repórter Arthur Covre.