O colunista Renato Meirelles, da BandNews FM, fez uma análise nesta quinta-feira (18) de um vídeo que viralizou nas redes sociais de um jovem que expõe os benefícios do seu trabalho.
Usuários afirmam se tratar de um 'CLT Premium', e o termo ganhou força após internautas compartilharem os benefícios que seus respectivos trabalhos lhe cedem.
No vídeo exibido, um rapaz afirma que recebe "Vale Alimentação e Vale Refeição maior que dois salários mínimos", que faz "viagens corporativas com tudo pago", que tem "participação de lucros duas vezes por ano e mais de oito benefícios", que tem "direito ao décimo quarto e quinto salário" e com "vale dobrado no final do ano", uso de plataformas que liberam acesso a academias e comissão com plano de desenvolvimento de carreira.
De acordo com Meirelles, este tipo de vínculo empregatício trata-se de uma "exceção" e com uma abordagem moderna e flexível de uma série de benefícios agregados aos trabalhadores com carteira assinada.
É importante ressaltar que a empresa não tem a obrigação de fornecer benefícios além das obrigatoriedades descritas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
"Em geral, essas características tem a ver com flexibilidade nos horários de trabalho, com benefícios extras, ambiente de trabalho agradável com mesas de ping-pong, salas de descanso, tentam fazer com que a retenção de jovens talentos chegue no ambiente corporativo", analisou.
“Muitas empresas que praticam regras dessa forma nos escritórios, não estendem esses benefícios para os trabalhadores da fábrica. Não estendem para quem não trabalha nos super-escritórios. Acaba aumentando uma distorção de oportunidades que existem no próprio mercado. A cobrança que tem que ser feito para as empresas é se isso é algo colocado a todos os funcionários ou só aqueles de maior privilégio”, completou.