O Comitê Olímpico Internacional recomendou, nesta terça-feira (28), o retorno gradual de atletas da Rússia e de Belarus às competições internacionais. Segundo o COI, a volta poderia ocorrer sob uma bandeira neutra.
O presidente da entidade, Thomas Bach, afirmou que a recomendação foi repassada às federações internacionais e aos organizadores de eventos esportivos. “Atletas com passaporte russo ou bielorrusso devem competir apenas como atletas neutros individuais”, disse ele.
O Comitê Olímpico Internacional acrescentou que “equipes de atletas com passaporte russo ou bielorrusso não podem ser consideradas”. Também ficarão de fora “atletas que apoiam ativamente a guerra” e “atletas contratados pelas forças armadas ou agências de segurança nacional dos dois países”.
Além disso, nenhuma bandeira, hino, cores ou quaisquer outras identificações desses países poderão ser exibidos em qualquer evento esportivo ou reunião. E nenhum governo ou funcionário da Rússia ou Belarus pode ser convidado ou credenciado para qualquer evento internacional evento ou reunião esportiva.
Países como Alemanha e Polônia condenaram a decisão do COI. Segundo o governo alemão, o anúncio é um "tapa na cara" dos atletas ucranianos. Já as autoridades polonesas classificaram a recomendação como “dia da vergonha”.
O governo da Rússia também comentou a determinação do COI. O chefe do Comitê Olímpico do país chamou de “inaceitáveis” os critérios anunciados.
Atletas da Rússia e de Belarus, aliada de Moscou na guerra contra a Ucrânia, foram banidos de todas as competições no ano passado, após o início do conflito.