A inflação ficou em 0,53% no mês de junho, este é o maior resultado para o período desde 2018. Houve uma desaceleração em relação a maio, quando o índice encerrou o mês com alta de 0,83%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (08) pelo IBGE.
A conta de luz teve o maior impacto individual no índice com alta 1,95%. Na sequência, vieram alimentação e bebidas com 0,43% e transportes 0,41%.
Em junho, o indicador acumula alta de 3,77% no ano e 8,35% nos últimos 12 meses.
Como tem inflação com a economia parada?
Segundo a colunista de economia da BandNews FM, Juliana Rosa, existe uma pressão de custo no Brasil. Mesmo com as vendas nos serviços caindo por causa da pandemia de Covid-19, há aumentos em contas básicas, como na de luz, alimentos e combustíveis, então, o vendedor precisa fazer um repasse dos preços, aumentando os preços para não ter prejuízos.
Juliana afirma que, de acordo com economistas, não há uma previsão de melhora para os próximos meses e a trégua na inflação só dever alcançar as pessoas no ano de 2022 - isso porque algumas economias voltaram a crescer, como a dos Estados Unidos e a da China.
O Brasil, como vendedor de produtos básicos, como soja e minério, teve um aumento nas vendas para o exterior, mas com os produtos supervalorizados e cotados em dólar - que vem aumentando, trazendo um sinal para o aumento da inflação.
Segundo a colunista, a crise política que o país vem enfrentando também faz com que o dólar dispare - US$ 5,28 na cotação desta quinta-feira (08) após a prisão do ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias que aconteceu nesta quarta (07).
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