O Ministério Publico Militar pediu a condenação de oito dos doze militares pelas mortes do músico Evaldo dos Santos Rosa e do catador de recicláveis Luciano Macedo, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio. O órgão solicitou ainda a condenação deles pela tentativa de homicídio do sogro de Evaldo, que também foi baleado, mas sobreviveu.
Além do sogro, Evaldo seguia para um chá de bebê com a mulher, uma amiga dela, e o filho de sete anos.
O caso ocorreu em 2019, quando os militares realizaram 257 tiros em direção ao carro do músico. O veículo foi atingido por 62 disparos de fuzil e pistola. A guarnição estava em alerta porque um veículo tinha sido roubado na região.
A mulher de Evaldo, Luciana Nogueira, disse que espera por justiça. Já a esposa do catador Luciano, que foi baleado ao tentar ajudar a família, lamenta que a filha do casal não possa conviver com o pai.
Dos doze militares envolvidos, o MP pede a absolvição de quatro pelo crime de homicídio e tentativa de homicídio, já que, segundo as investigações, esses militares não atiraram: são o motorista, o rádio-operador, o segurança retaguarda e o cabo
O MP pede também a absolvição de todos os doze militares pelos crimes de omissão de socorro, já que eles acionaram o socorro, e o de uso excessivo da força.
O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (13), dois anos e meio depois do crime.