As ações europeias recuperaram parte das perdas do início do pregão desta segunda-feira (20) com o anúncio da venda do Credit Suisse para o banco UBS, também da Suíça. Na noite de domingo (19), autoridades suíças anunciaram o acordo de cerca de US$ 3,2 bilhões para salvar uma das mais importantes instituições do sistema financeiro global.
A quebra da corporação centenária abrir um risco de ruptura em outros bancos e preocupou os mercados financeiros. Os investidores duvidavam da transação e foram digerindo os dados apresentados ao longo dos pregões, por isso, as bolsas inverteram os níveis ao longo das negociações.
Os mercados asiáticos, no entanto, fecharam em baixas históricas.
A união do Credit Suisse e do UBS cria o terceiro maior grupo bancário da Europa, com ativos de US$ 5 trilhões. A transação é assegurada pelo Banco Nacional da Suíça, que destinou ao UBS cerca de 100 bilhões de francos suíços para garantir a liquidez do negócio, a autoridade monetária suíça ofereceu ainda 9 bilhões de francos para abater possíveis perdas de ativos.
No início das operações da Bolsa de Valores de Zurique, as ações do UBS registraram queda de 16%, o maior índice para um único dia desde 2016. Já os papéis do Credit Suisse, tiveram desvalorização de 60%.
O sistema financeiro internacional sofre com o estresse causado pela turbulência no setor bancário. Em um curto período, dois bancos dos Estados Unidos quebraram, os bancos regionais Silicon Valley Bank e Signature Bank. Uma possível quebra do Credit poderia impactar diferentes mercados.
Na próxima quarta-feira (22), o banco central dos Estados Unidos, o Fed, deve anunciar os rumos da taxa básica de juros americana. O mercado espera a autoridade monetária limite os aumentos observados recentemente para reduzir os custos do mercado e aliviar as pressões no setor financeiro.