Confira os enredos dos desfiles da segunda noite de Carnaval do Rio de Janeiro

Último dia de folia na Sapucaí promete fortes emoções e homenagens

Rádio BandNews FM

Confira os enredos dos desfiles da segunda noite de Carnaval do Rio de Janeiro
Confira os enredos dos desfiles da segunda noite de carnaval do Rio de Janeiro
Tomaz Silva Agência Brasil

O último dia de desfiles do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro será marcado por homenagens a personalidades do samba e da história negra do Brasil. A Mocidade Independente de Padre Miguel que abre a noite traz o enredo assinado também por Marcelo Adnet e Paulinho Mocidade: "Pede caju que dou… Pé de caju que dá".

Com o enredo "Glória ao Almirante Negro", com participação de Moacyr Luz na composição, a escola Paraíso do Tuiuti exalta João Cândido, um militar gaúcho que, em novembro de 1910, comandou a luta para abolir a chibata e a escravidão na Marinha do Brasil. João entrou para a história como o Almirante Negro, símbolo de resistência contra o racismo.

A Unidos de Viradouro vai para a Avenida com o samba “Arroboboi, Dangbé”, cujo enredo é o culto ao vodum Dambê, que tem como símbolo uma serpente que morde a própria cauda, representando um ciclo fechado entendido como força vital, continuidade e fortuna. O culto foi trazido da África para o Brasil.

O samba-enredo da Mangueira homenageia a cantora Alcione, que faz parte da escola há 50 anos. Com o nome “A Negra Voz do Amanhã”, o enredo fala sobre a maranhense de nascença, que conquistou o Brasil através da música.

Já a Portela faz uma releitura do romance "Um Defeito de Cor", da escritora Ana Maria Gonçalves. A escola conta na Sapucaí a história da mãe africana que vai em busca do filho, vendido como escravo. Releitura da história do jornalista, escritor e primeiro advogado negro do Brasil, Luís Gama e sua mãe, Luíza Mahin.

A Vila Isabel, de Martinho da Vila e Sabrina Sato, traz o enredo “Gbala – Viagem ao Templo da Criação” que faz referência ao samba que foi a Avenida em 1993. O tema aborda, sob a ótica de religião de matriz africana, a forma em que o homem criado por Oxalá destrói o planeta que deveria cuidar e trata as crianças como esperança de salvação do planeta.