Congresso recolhe assinaturas para criação da CPI da Petrobras

São necessárias 171 assinaturas de parlamentares para Comissão Parlamentar de Inquérito

Rádio BandNews FM

Número de assinaturas ainda não é suficiente.  Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Número de assinaturas ainda não é suficiente.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O número de assinaturas coletadas para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar a diretoria da Petrobras ainda é insuficiente, mas a base governista defende que o total será atingido já nos próximos dias.

De acordo com o Regimento Interno da Câmara, para que uma CPI seja criada, são necessárias 171 assinaturas de parlamentares, número que o líder do Partido Liberal, deputado Altineu Cortes, ainda não atingiu, mas que deve ser alcançado em breve. Segundo o requerimento apresentado, a Comissão quer apurar a conduta do Conselho e dos diretores da estatal, além de supostas irregularidades na definição da política de preços dos combustíveis.

Nesta terça-feira (21), o Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou que o Governo Federal não pode interferir nos preços dos combustíveis.

A declaração foi dada durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, e seria uma espécie de resposta ao Presidente da Casa, Arthur Lira que cobrou respostas do Executivo.

Na avaliação de Lira, seria preciso mudar a chamada Lei das Estatais, que proíbe uma intervenção do Governo nas empresas públicas, determinando que decisões sejam tomadas por regulamentação interna.

Para Sachsida, o preço dos combustíveis não está no controle do governo, e os é marcos legais impedem essa interferência.

Ao longo da semana, o Presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, pediu demissão por conta de pressões políticas. O Presidente Jair Bolsonaro já havia decidido trocar Mauro Coelho no comando da empresa e já havia escolhido o sucessor, Caio Paes de Andrade. No entanto, por conta dos trâmites internos da Petrobras, a troca só seria efetivada após algumas semanas.

Durante a audiência pública, o Ministro Adolfo Sachsida voltou a defender a privatização da Petrobras, destacando que a questão pode trazer mais competitividade para o mercado.

Hoje a Petrobras está submetida ao critério de paridade internacional, política adotada desde o governo Michel Temer em 2016. Com isso, o preço dos combustíveis varia de acordo com a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e das oscilações do dólar.