Corinthians e ONG Gerando Falcões se unem em projeto para combater a pobreza

Ação "ASMARA" marca a estreia da iniciativa e pretende ajudar 15 mil mulheres periféricas durante todo o ano

Isadora Quaglia*

Corinthians e ONG Gerando Falcões se unem em projeto para combater a pobreza
Ação "ASMARA" marca a estreia da iniciativa
Divulgação/Malu Monteiro

O Sport Club Corinthians Paulista e a ONG Gerando Falcões vão se unir para uma parceria que busca superar a pobreza feminina nas periferias de São Paulo.

Com duração prevista de um ano, o projeto "ASMARA", termo que une as palavras "As Maravilhosas", vai marcar a estreia dessa colaboração. A iniciativa tem como objetivo arrecadar roupas e acessórios para serem revendidos por mulheres que vivem em favelas.

Caixas personalizadas ficarão distribuídas perto dos portões de entrada da Neo Química Arena, casa do timão, para os torcedores da Fiel depositarem os itens que quiseram doar. O acordo tem data marcada para começar no próximo dia 13, durante a estreia do Campeonato Brasileiro, na partida contra o Atlético Mineiro. Os pontos de coleta ficarão à disposição no estádio durante todo o ano.

A diretora de Negócios Sociais da Gerando Falcões, Mayara Lyra, explica que o projeto tem como ponto principal a busca pela autonomia de milhares de mulheres. "A geração de renda é o grande foco do projeto, e esse é um projeto muito focado naquela mulher que não tem rede de apoio para cuidar dos seus três, quatro, cinco filhos, naquela mulher que muitas vezes não pode trabalhar fora porque o marido não deixa", afirma a diretora.

Além de combater a desigualdade, a ação promove também a conscientização ambiental. O projeto é uma forma de impulsionar a "Moda Circular", prática que busca diminuir a poluição e o desperdício causados pela indústria têxtil através da circulação de peças de roupa.

"ASMARA traz a agenda de clima também como outra pauta muito importante para sustentabilidade do nosso planeta. É a moda circular como ferramenta de transformação social e superação da pobreza", conta Lyra.

Cada mulher participante do projeto receberá mensalmente um kit com 80 peças para serem vendidas dentro da própria favela em que vive. A ideia é que todos os itens sejam vendidos em até 45 dias, caso reste alguma peça, ela será enviada de volta ao estoque do projeto e encaminhada para outra participante.

O CEO e fundador da Gerando Falcões, Edu Lyra, ressalta a importância de firmar uma parceria com um time grande como o Corinthians. Ele explica que a torcida corintiana é uma das mais apaixonadas do país, e existe um simbolismo do time do povo em conjunto com a ONG que "está na ponta em milhares de favelas do Brasil combatendo a pobreza".

"Quando você tem um time como é o Corinthians, com uma torcida de uma escala tão grande, você tem uma grande oportunidade de utilizar essa paixão, essa força e a escala da gerando falcões em favelas, trabalhando com mulheres, para criar um impacto jamais antes visto", analisa o CEO.

A ação deve impactar mais de 15 mil mulheres até o fim do ano e arrecadar cerca de três milhões de peças.

Sob supervisão de Bruna Bazi Barone

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