A sessão desta quinta-feira (17) da CPI da Pandemia foi suspensa para que os parlamentares pudessem participar das discussões no Plenário do Senado sobre a Medida Provisória da Eletrobrás. O projeto é polêmico e precisa ser votado até terça-feira (22).
Estavam previstos os depoimentos do empresário Carlos Wizard, suspeito de integrar um gabinete paralelo da Saúde de aconselhamento do presidente da República, e do auditor do Tribunal de Contas da União Alexandre Marques, que produziu um relatório sem embasamento sobre uma suposta supernotificação dos casos de morte por Covid-19.
Antes de suspender os trabalhos, o presidente da CPI, senador Omar Aziz, criticou o não comparecimento do empresário Carlos Wizard, que alega estar nos Estados Unidos. Por isso, o senador enviou ofício para que a Polícia Federal retenha o passaporte do empresário assim que ele retorne ao Brasil. Antes do início dos trabalhos, a CPI foi procurada pela defesa de Wizard para combinar uma nova data do depoimento, o que foi classificado como desrespeitoso pelo presidente da comissão.
O assessor do TCU já estava no Senado, mas foi dispensado e uma nova data ainda não foi informada. A expectativa é que o depoimento seja reagendado para o dia 29 de junho.
Na sexta-feira (18), devem ser votados requerimentos e novas datas devem ser definidas para depoimentos. Existe a expectativa de que sejam quebrados os sigilos fiscais das empresas de Wizard, que já teve o sigilo telefônico e telemático quebrados pela comissão.