A CPI criada para apurar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia começa a ouvir hoje os depoimentos de ex-ministros da Saúde na gestão do presidente Jair Bolsonaro.
Luiz Henique Mandetta começou a falar na CPI no senado as 11h05. O depoimento do ex-ministro da pasta da saúde é o primeiro da CPI. Ele declarou que a sua gestão a frente do ministério da Saúde se baseou na ciência, na defesa da vida e no fortalecimento do SUS. Mandetta acrescentou que após a sua saída da pasta, a política de testagens em massa não foi seguida pelas outras gestões.
Segundo o ex-ministro, ele recebeu uma estimativa de que a Covid-19 poderia matar 180 mil pessoas no Brasil até o fim de 2020. Bolsonaro preferiu acreditar em outras estimativas mais positivas em relação a doença.
O ex-ministro Eduardo Pazuello não deve depor nesta quarta-feira(5) na CPI da Covid. O senador Omar Aziz(PSD-AM) afirmou que ele teve contato com dois coronéis infectados com Covid-19 e por isso decidiu entrar em quarentena. Pazuello já teve a doença.
Segundo os senadores membros da comissão, os depoimentos dos ex-ministros devem ajudar a esclarecer se o Brasil poderia ter tomado outro rumo no enfrentamento à pandemia e diminuído o número de casos e mortes da doença.
Ainda de acordo com parlamentares, a constante troca de ministros da Saúde em meio à pandemia já é um enorme problema para a gestão do ministério
Os ex-ministros falam na condição de testemunha e não podem mentir, sob o risco de cometer crime de falso testemunho.
Teich deve ser questionado sobre a recomendação de remédios ineficazes e sobre o anúncio que fez sobre um amplo programa de testes que nunca teve andamento.
De acordo com os membros da comissão, cada senador terá cinco minutos para fazer perguntas, com o mesmo tempo para respostas. Depois, haverá três minutos pra réplica e tréplica.
O relator da CPI, senador Renan Calheiros, deve ser o primeiro a fazer questionamentos.
Antes disso, os ex-ministros podem fazer uma exposição inicial.
O ex-ministro da Saúde Nelson Teich deve depor na CPI da Pandemia nesta quarta-feira (5).
O cronograma previa que ele seria ouvido nesta terça, mas o depoimento dele foi adiado porque o também ex-ministro Eduardo Pazuello alegou motivos de saúde e não irá comparecer na data estipulada.
Nelson Teich será questionado sobre as ações no enfrentamento do coronavírus e as estruturas do combate à crise causada pela doença.