A expectativa é de que a CPI da Pandemia analise nesta terça-feira (29) o requerimento que pede a convocação do deputado Ricardo Barros após ser citado em uma suposta irregularidade na negociação da Covaxin. Outra pessoa a ser chamada é a servidora do Ministério da Saúde, Regina Célia, que teria assinado a autorização para a aquisição da vacina indiana.
Em outra frente, senadores articulam a prorrogação dos trabalhos da comissão por mais 90 dias e acreditam já ter as 27 assinaturas necessárias para estender o funcionamento da comissão até novembro.
A sessão desta terça, no entanto, está marcada para ouvir o deputado estadual Fausto Vieira dos Santos Junior, do Amazonas. O parlamentar foi relator da CPI da Saúde na Assembleia Legislativa do Amazonas e é uma convocação para detalhar supostas irregularidades nos estados, uma defesa dos governistas para afastar as investigações do Palácio do Planalto.
NOTÍCIA-CRIME
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, encaminhou à Procuradoria-Geral da República a notícia-crime apresentada por três senadores contra o presidente Jair Bolsonaro.
Nela, Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI da Pandemia, Jorge Kajuru e Fábio Contarato apontam suposto crime de prevaricação envolvendo as suspeitas em torno da Covaxin. A medida é praxe e caberá à PGR decidir se abre ou não inquérito.
O pedido se baseia nas declarações do deputado Luis Miranda e do irmão dele, Luis Ricardo Miranda, de que Bolsonaro foi alertado sobre irregularidades na aquisição da vacina indiana, e - apesar de prometer levar o caso à Polícia Federal - nada fez.
No encontro, o presidente ainda teria citado o nome do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, que nega ter participado das negociações.