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CPI ouve empresa acusada de recomendar tratamento precoce contra Covid-19

A investigação tem como base uma denúncia que foi apresentada por representantes de médicos e ex-médicos

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A investigação tem como base uma denúncia que foi apresentada por representantes de médicos e ex-médicos Foto: Pedro França
A investigação tem como base uma denúncia que foi apresentada por representantes de médicos e ex-médicos
Foto: Pedro França

A CPI da Pandemia ouve, nesta quinta-feira (16), o depoimento de representantes do Plano de Saúde Prevent Senior. A empresa é acusada de ter obrigado médicos a aplicarem o chamado tratamento precoce contra a COVID-19, mesmo sem o consenso da família de pacientes, e também de vetar o uso de máscaras faciais pelos profissionais de saúde.

Toda a investigação tem como base uma denúncia que foi apresentada por representantes de médicos e ex-médicos, e que mostra que foi feito um acordo para testar e disseminar medicações como a Cloroquina, a Ivermectina e a Azitromicina.

Prevent Sênior divulgou nota, e afirmou sempre ter atuado dentro dos parâmetros éticos, e que a questão já está sendo investigada pelo Ministério Público.

Nesta quarta-feira (15), a CPI aprovou a convocação de Ana Cristina Valle, ex-esposa do presidente Jair Bolsonaro e mãe de Jair Renan, para que preste depoimento à comissão.

A data da oitiva ainda não está definida, mas deve ser encaixada na próxima semana de trabalhos da comissão.

Durante o depoimento, Albernaz afirmou à CPI que teve contato por apenas 30 dias com a Precisa Medicamentos, no ano de 2020, e que todos os contatos foram feitos pelo Whatsapp, mas admitiu ter conhecido Danilo Trento e Francisco Maximiano, donos da empresa.

Além disso, ele se referiu a sondagens que a Precisa fez para ele assessorar politicamente a empresa em tratativas de vendas de testes rápidos da COVID-19 para o Ministério da Saúde.

Em mensagens obtidas pela Polícia Federal, Marconny Albernaz afirmou que iria falar com um Senador para desatar os nós durante um processo licitatório do Ministério da Saúde para a compra de testes rápidos do Coronavírus.

Sobre isso, ele foi cobrado pelo Presidente da CPI, Omar Aziz, e voltou atrás da informação, destacando que jamais tratou sobre esses assuntos com Deputados ou Senadores.

Em outro ponto, Albernaz também informou que conheceu o empresário José Ricardo Santana em um churrasco na casa de Karina Kufa, advogada do Presidente Jair Bolsonaro.

Santana foi secretário da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos da Anvisa e participou do jantar em que teria havido negociação de propina para compra de vacinas.

Além disso, nos bastidores já foi iniciado um debate sobre um documento, feito por juristas, entre eles o Ex-Ministro da Justiça, Miguel Reale, e Kakay, que mostra possíveis crimes de responsabilidade cometidos pelo Presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia.

Esse material recomenda que seja aberto, imediatamente após o encerramento da CPI, um processo de impeachment contra Bolsonaro na Câmara dos Deputados.

Ao mesmo tempo, a avaliação de parlamentares é de que a questão não deve ir para frente por uma série de motivos, entre elas a falta de clima para tramitação de tal medida no Legislativo.