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CPI ouve nesta quinta-feira o empresário Danilo Trento

Danilo deve esclarecer sua ligação no contrato da Covaxin com o Ministério da Saúde

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CPI ouve nesta quinta-feira o empresário Danilo Trento
Foto: Senado

A CPI da Pandemia vai ouvir, nesta quinta-feira (23), o depoimento do empresário Danilo Trento, que deve esclarecer o grau de envolvimento dele com os contratos da Covaxin, vacina desenvolvida na Índia, além de Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos.

A Comissão também investiga o fato de Trento ser sócio da empresa Primarcial Holding e Participações, que tem sede em São Paulo e coincidentemente no mesmo endereço da empresa Primares Holding e Participações, que tem Maximiano como sócio principal.

Além disso, alguns dos membros da CPI acreditam que Danilo Trento tenha relações comerciais com o também empresário Marcos Tolentino, que é apontado como sócio oculto do FIB Bank, empresa que avalizou o contrato da Covaxin com o Ministério da Saúde.

Os senadores também querem apurar se Trento é ou não sócio oculto da Precisa, e suspeitam que haja uma rede de quase 20 empresas, ligadas à companhia, que possam estar envolvidas em um esquema de lavagem de dinheiro.

Duas delas chamam a atenção da Comissão: a Barão Turismo e a Itapemirim Importação, sendo que a primeira executou voos de funcionários da Precisa para a Índia e, teria recebido e movimentado cerca R$ 4 milhões em um ano.

Ao longo da quarta-feira (22), o colegiado ouviu o depoimento do diretor do plano de saúde Prevent Sênior, Pedro Batista Júnior, já que a empresa é suspeita de ocultar mortes de pacientes que participaram de um estudo sobre tratamento com medicamentos como a Cloroquina.

Questionado pelos parlamentares, Pedro Batista afirmou que todos os pacientes consentiram em participar do estudo, e que não houve testagem em massa com tal medicamento. O depoente indicou que o material entregue aos parlamentares como denúncia do caso foi adulterado por ex-funcionários da empresa.

As denúncias foram feitas por colaboradores da empresa, que apontaram a pressão interna de prescrever o chamado “kit Covid”, com fármacos como hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina, os quais são comprovadamente como ineficazes.

Um dos médicos que denunciou a Prevent Sênior por supostas irregularidades no tratamento de pacientes durante a pandemia registrou boletim de ocorrência da Polícia Civil de São Paulo. O funcionário relata ter sofrido ameaças de Pedro Batista Junior.

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