Relatório da investigação contra anestesista deve ser entregue nesta terça (19)

BandNews FM

Giovanni Quintella está preso e é réu por estupro de vulnerável.  Reprodução/redes sociais
Giovanni Quintella está preso e é réu por estupro de vulnerável.
Reprodução/redes sociais

A Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti deve entregar nesta terça-feira (19) à Justiça o relatório da investigação contra o anestesista Giovanni Quintela Bezerra. Ele é réu por estuprar uma paciente durante uma cesárea, enquanto ela estava desacordada, no Hospital da Mulher, na cidade da Baixada Fluminense. A Polícia aguarda relatórios de outros hospitais em que o anestesista trabalhou para saber se outras mulheres podem ser vítimas dele. A denúncia do Ministério Público foi aceita na sexta-feira (15) pela Justiça do Rio. 

Falhas na unidade 

A Defensoria Pública do Rio encontrou problemas no Hospital da Mulher de São João de Meriti. Os agentes identificaram que há falhas no armazenamento da documentação das pacientes e que o livro com as informações dos procedimentos realizados no centro cirúrgico é preenchido com atraso e com dados de fichas soltas de papel. 

A vistoria foi realizada na última quinta-feira (14). A Defensoria vai enviar o relatório à Fundação Saúde e à Secretaria de Estado de Saúde, responsável pela unidade. A pasta foi procurada, mas não respondeu. A Defensoria ressalta, ainda, o fato de os obstetras não terem questionado a sedação da paciente e nem o pedido do anestesista para que o pai se retirasse do centro cirúrgico. 

O jornalista especializado na cobertura do poder judiciário e colunista da BandNews FM Rodrigo Haidar afirma que os responsáveis pelo Hospital da Mulher podem responder civilmente e serem obrigados a pagar indenizações.  

Na última sexta (15), o Conselho Regional de Medicina do Rio notificou Giovanni Quintella do prazo de 15 dias para que ele preste esclarecimentos sobre o caso. 

Após esse período, finalizado no dia 30 de julho, o Cremerj pode abrir um processo ético-profissional contra o anestesista. Caso condenado, a pena pode ir desde uma advertência até a cassação. 

Segundo o presidente do Cremerj, Clovis Munhoz, o prazo máximo para a finalização do processo é de 180 dias, mas o Conselho vai tentar concluir em 90 dias. Ele afirma, ainda, que o Conselho pode abrir outras sindicâncias contra Giovanni e outros profissionais, caso haja novas denúncias. 

Giovanni Quintella está preso e é réu por estupro de vulnerável.