Crise política na Venezuela se agrava com disputa pelo comando da Assembleia Nacional

Da Redação

Crise política na Venezuela se agrava com disputa pelo comando da Assembleia Nacional Reprodução TV
Crise política na Venezuela se agrava com disputa pelo comando da Assembleia Nacional
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(Foto: Christian Veron/Reuters)

A crise política na Venezuela se agrava com a disputa pelo comando da Assembleia Nacional do país, onde a oposição ao ditador Nicolas Maduro é maioria.

Neste domingo, militares impediram a entrada dos parlamentares contrários ao governo, incluindo o presidente autoproclamado Juan Guaidó. Vídeos mostraram as forças de segurança montando barricadas – com escudos e cassetetes – nos acessos do Legislativo, pouco antes da sessão onde seria escolhido o presidente da Casa.

Em uma das imagens, o candidato à reeleição à Presidência do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, chega a pular o muro para entrar no edifício.

 

Enquanto isso, dentro da Assembleia, os aliados de Nicolás Maduro comandaram uma sessão e chegaram a eleger o deputado chavista Luis Parra como presidente da Casa. Ele acusou a oposição e Guaidó de se ausentarem da sessão por medo de perder a eleição.

 

Em uma entrevista um dia antes da eleição, no sábado, Maduro fez críticas a Assembleia Legislativa do país e chegou a falar que uma grande mudança estava a caminho. Segundo ele, o Legislativo foi usado para agir contra os interesses venezuelanos.

 

Juan Guaidó acusou Maduro de usar as Forças Armadas para dar um golpe na Assembleia e afirmou ainda ter provas de que deputados foram subornados para votar a favor do governo.

 

O governo brasileiro afirmou que não reconhece a eleição do deputado aliado de Maduro como presidente da Assembleia Venezuelana, posição também adotada por países como Estados Unidos, Paraguai, Colômbia e Bolívia. O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, condenou o que chamou de atos de violência contra o Legislativo da Venezuela e a usurpração da legitimidade constitucional da oposição.

Com o impedimento da participação de opositores na escolha do novo representante da Assembleia Nacional, parlamentares contrários ao regime de Maduro realizaram uma sessão paralela. Nela, Juan Guaidó foi eleito novamente presidente da Assembleia, abrindo mais uma disputa entre os Poderes Legislativo e Executivo, que alegam reconhecer diferentes comandos na Casa.