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Cristiano Carvalho presta depoimento à CPI

Representante da Davati disse que foi procurado de forma insistente pelo Ministério da Saúde

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Cristiano leu mensagens que teriam sido enviadas pelo ex-diretor. Foto: Pedro França/Agência Senado
Cristiano leu mensagens que teriam sido enviadas pelo ex-diretor.
Foto: Pedro França/Agência Senado

Nesta quinta-feira (15) a CPI da Pandemia ouviu o representante da Davati no Brasil, Cristiano Carvalho. Em seu depoimento ele se apresentou como vendedor eventual – sem vinculo empregatício com a empresa. E disse que não recebeu pedido direto de propina para vender vacinas, alegando que esse termo não foi utilizado em reuniões com o Ministério da Saúde.

Sobre o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, Cristiano disse que houve muita insistência, já que Dias o procurou no dia 3 de fevereiro, três semanas antes do jantar que ocorreu em um restaurante de Brasília.

Isso contradiz o depoimento de Roberto Dias. Para os senadores, Dias afirmou que não falou com a Davati antes do final do mesmo mês. E que houve um pedido de comissionamento que partiu do "grupo do Coronel Marcelo Blanco", ex-assessor do ministério.

Cristiano leu mensagens que teriam sido enviadas pelo ex-diretor.

Durante a sessão o senador Jorginho Melo, apoiador do governo, afirmou que, na verdade, a fiscalização do Ministério da Saúde evitou uma fraude.

Como a Lei de Diretrizes Orçamentárias foi aprovada pelo Congresso, os parlamentares saíram de recesso e as atividades da CPI só devem ser retomadas em agosto.

Com tudo, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues, não acredita que isso possa atrapalhar os trabalhos da comissão.