Nesta quinta-feira (15) a CPI da Pandemia ouviu o representante da Davati no Brasil, Cristiano Carvalho. Em seu depoimento ele se apresentou como vendedor eventual – sem vinculo empregatício com a empresa. E disse que não recebeu pedido direto de propina para vender vacinas, alegando que esse termo não foi utilizado em reuniões com o Ministério da Saúde.
Sobre o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, Cristiano disse que houve muita insistência, já que Dias o procurou no dia 3 de fevereiro, três semanas antes do jantar que ocorreu em um restaurante de Brasília.
Isso contradiz o depoimento de Roberto Dias. Para os senadores, Dias afirmou que não falou com a Davati antes do final do mesmo mês. E que houve um pedido de comissionamento que partiu do "grupo do Coronel Marcelo Blanco", ex-assessor do ministério.
Cristiano leu mensagens que teriam sido enviadas pelo ex-diretor.
Durante a sessão o senador Jorginho Melo, apoiador do governo, afirmou que, na verdade, a fiscalização do Ministério da Saúde evitou uma fraude.
Como a Lei de Diretrizes Orçamentárias foi aprovada pelo Congresso, os parlamentares saíram de recesso e as atividades da CPI só devem ser retomadas em agosto.
Com tudo, o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues, não acredita que isso possa atrapalhar os trabalhos da comissão.