O regime do Partido Comunista em Cuba bloqueou o acesso aos serviços de telecomunicações na ilha para impedir a convocação de novas manifestações. No domingo (11), milhares de cubanos tomaram as ruas gritando por liberdade e pedindo melhores condições de vida. Nesta segunda (12), o presidente Miguel Díaz-Canel atacou os manifestantes e os acusou de estarem a serviço dos Estados Unidos.
Os protestos se espalharam por mais 20 cidades cubanas após a propagação dos atos na internet. A tecnologia de dados móvel foi implantada na ilha apenas em 2018 e o sistema é controlado pela ditadura.
Cuba passa pela maior crise econômica em 30 anos e sofre com o avanço da Covid-19 e a fome entre a população. Nos protestos, foram registrados saques em mercados e lojas.
Segundo o regime, os atos foram manipulados por uma minoria contra a revolução cubana e atacou os Estados Unidos pelo bloqueio comercial imposto há mais de 50 anos e que prejudica a economia cubana.
As redes sociais estão com os acessos instáveis desde a noite de domingo e a imprensa internacional tem dificuldades em retratar os protestos. Fotógrafos foram presos pelo regime e o número de detidos é incerto, variando entre 70 e mais de 100 pessoas.