A Cúpula da Amazônia, em Belém, chega ao fim nesta quarta-feira (9) com a apresentação de um documento sobre a necessidade de conservação das florestas tropicais do mundo. Além dos países sul-americanos que englobam a Floresta Amazônica, nações africanas também participam.
Os chefes de Estado reunidos na capital paraense também vão conversar com o presidente da COP-28, Sultan Ahmed al-Jaber. A conferência da ONU que discute as mudanças climáticas acontece em Dubai, no fim do ano.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá conversas bilaterais com os presidentes da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, e o líder da República do Congo, Denis Sassou N'guesso. Ambas as nações concentram florestas tropicais e devem assinar o documento “Unidos por nossas Florestas”. A ideia é criar um grupo de países para discutir a conservação desses ambientes e negociar em conjunto o investimento de países ricos para a manutenção da floresta em pé.
No primeiro dia da Cúpula da Amazônia, na terça-feira (8), foi apresentada a Declaração de Belém. O documento reúne 100 iniciativas para a conservação da Amazônia, mas não apresenta metas conjuntas de zerar o desmatamento na região. O texto também não trata da limitação de exploração de petróleo ou de metais na área.
O Brasil estuda a liberação da exploração petroleira na foz da bacia do Rio Amazonas, no Amapá, enquanto ainda existem projetos de mineração na floresta.
A reunião no Norte do Brasil esperava firmar compromissos iguais entre os países amazônicos para levar à COP-28. O encontro também é visto pelo governo brasileiro como uma forma de dar protagonismo ao país no debate internacional da conservação ambiental.