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“De legado a largado olímpico" - O Rio de Janeiro após a Olimpíada

Cinco anos depois do evento, a BandNews FM visita projetos prometidos para os jogos e mostra como eles estão atualmente

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Cinco anos depois, a BandNews FM lembra dessas promessas e mostra que nem tudo teve sequência.
Cinco anos depois, a BandNews FM lembra dessas promessas e mostra que nem tudo teve sequência.
Foto: Tania Rego/Agência Brasil

Ao se candidatar como cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016, o Rio apresentou para o mundo projetos promissores de infraestrutura. A ideia era proporcionar a melhor experiência para quem passasse pela cidade durante o evento.  

Cinco anos depois, a BandNews FM lembra dessas promessas e mostra que nem tudo teve sequência.

O carro chefe do chamado legado da candidatura, a mobilidade urbana, emperrou.  

De junho de 2012, quando o BRT foi inaugurado, para cá, 30% das estações prometidas estão fora de operação.

Das 134 estações da promessa olímpica, 42 estão fechadas - por vandalismo, dificuldade econômica ou queda no volume de passageiros.

Outro legado que não foi finalizado é a Linha 4 do Metrô. O prejuízo causado aos cofres públicos é de R$ 4 bilhões, valor considerado superfaturado pelo Tribunal de Contas do Estado. Ainda assim, a estação da Gávea não ficou pronta e agora coloca em risco prédios da região. O Governo do Rio prepara um projeto para estabilizar o terreno, enquanto a obra continua inundada por milhares de litros de água.

Já o Boulevard Olímpico sofre com o descaso. As grades de proteção da pira olímpica, por exemplo, foram roubadas. A população reclama da falta de segurança na região.

Em 2018, a concessionária Porto Novo deixou de administrar o Porto Maravilha - depois que a Caixa Econômica Federal parou de fazer os repasses previstos no contrato da parceria público-privada. O custo mensal era de R$16 milhões. A Prefeitura do Rio assumiu a gestão da área.

O QUE DIZ A PREFEITURA

A Prefeitura do Rio alegou que, após quatro anos em “completa degradação” promovida pela gestão anterior, iniciou, em março, uma intervenção no sistema BRT. A frota que tinha 120 articulados em operação, atualmente, já conta com 190 e a meta é aumentar gradativamente a frota para atingir 241 ônibus até setembro.  

Além disso, a Secretaria Municipal de Transportes lança nesta quarta-feira (21) o processo de licitação da bilhetagem digital do sistema de transportes públicos da cidade, que incluirá o BRT.  

Desde o início do ano, já foram reabertas 13 estações que estavam inoperantes.

A nota ainda acrescenta que o Boulevard Olímpico passa pelo mesmo processo do BRT. Após quatro anos abandonado, passou a receber novamente a atenção que merece. Nesta quinta-feira (22), a Pira Olímpica do Rio será acesa por causa do início dos Jogos de Tóquio 2020 nesta sexta (23), após passar por uma ampla reforma.  

A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto informou que vistoria diariamente a região e, quando constatados problemas, acionam os órgãos municipais para fazer os reparos. A Secretaria de Conservação informou que faz manutenção constante nas ciclovias da cidade.

Nós também procuramos o Governo do Rio, para comentar a situação de superfaturamento nas obras da Linha 4 do Metrô, mas ainda não tivemos um posicionamento.  

O Tribunal de Contas ressaltou que o valor de quase R$ 4 bilhões ainda está sujeito a revisão, uma vez que há processos na fase de recurso ainda em tramitação.

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