A defesa do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, preso em uma operação da Polícia Federal (PF) na última quarta-feira (9), afirma que o delegado que colheu o depoimento dele nesta quinta (10) errou ao pedir que ele fosse detido.
Eduardo Pedro Nostrami Simão conversou com a imprensa após a audiência do ex-diretor-geral da PRF.
Silvinei Vasques prestou esclarecimentos por cerca de cinco horas em uma investigação que tenta descobrir se ele interferiu nas eleições de 2022. O ex-diretor é acusado de pedir à PRF para fazer bloqueios em estradas no dia do segundo turno de 2022 para atrapalhar a chegada de eleitores aos locais de votação em municípios em que o presidente Lula tinha vantagem em pesquisas de opinião. Naquela data, a PRF fez mais de 500 operações em estradas. As ações foram suspensas por determinação da Justiça Eleitoral.
O advogado que representa Silvinei Vasques argumenta que ele não interferiu na PRF. A defesa também contesta a atuação do delegado do caso, alegando que 300 documentos ficaram de fora do inquérito. O advogado Eduardo Simão afirma acreditar que, após a análise do caso, Vasques deve ser liberado. “Ele vai chegar à conclusão que a prisão é desnecessária e logo Silvinei estará na rua”, declarou.
Durante o depoimento, o ex-diretor passou mal, com pressão alta e crise de ansiedade, e foi atendido por Bombeiros. Depois, com quadro estabilizado, voltou a ser ouvido pelas autoridades competentes.
Após a audiência, Silvinei Vaques foi encaminhado para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.