Delegada é convocada a esclarecer investigação sobre morte de tesoureiro do PT

Informações do celular da vítima devem ser incluídas no processo

BandNews FM

A pasta não soube precisar uma data ou previsão para divulgação dos resultados Reprodução/Facebook
A pasta não soube precisar uma data ou previsão para divulgação dos resultados
Reprodução/Facebook

A delegada Camila Ceconello, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) esteve nesta terça-feira na Assembleia Legislativa do Paraná para esclarecer dúvidas sobre o inquérito da morte do guarda municipal e tesoureiro do PT Marcelo Arruda.

Ela conversou com os deputados que integram a comissão parlamentar formada para acompanhar as investigações. Tadeu Veneri (PT) e Arilson Chioratto (PT) questionaram alguns equívocos cometidos durante as investigações, como o anúncio da suposta morte de Guaranhos, que teria levado doze horas para ser desmentido.

Outro ponto levantado foi a perícia do celular do policial penal federal, que segundo a delegada, não foi apreendido no dia do crime porque tanto ele quanto a vítima foram levados com vida para o hospital e os aparelhos foram entregues aos familiares.

Os parlamentares solicitaram que informações que estejam no aparelho e possam ter ligação com o crime sejam incluídas no processo. O inquérito foi finalizado após cinco dias de investigação, antes da divulgação de dados contidos no celular de Jorge Guaranho, autor do crime, e antes que fossem divulgados os resultados de exames de confronto balístico, de perícia no carro do policial.

A reconstituição no local do crime também não havia sido realizada. Por conta da falta de alguns laudos e também de diligências, a polícia terá que complementar as investigações com novas informações. A decisão é do juiz Gustavo Arguello e atende pedidos feitos pelo Ministério Público Estadual após a defesa de Arruda contestar a conclusão.

O MP apontou ainda que também não foi divulgada a conclusão dos laudos periciais de leitura labial dos envolvidos no momento do crime, em imagens captadas pelas câmeras de segurança da festa. Para o advogado Daniel Godoy, que representa a família da vítima, as novas provas devem deixar o inquérito mais claro.

Em contato com a reportagem, os advogados de Guaranho afirmaram que só irão se manifestar após a conclusão das diligências solicitadas.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná informou que a Polícia Civil irá cumprir as diligências rapidamente e que as perícias já tinham sido requisitadas pela autoridade policial à Polícia Científica, na semana passada.

A pasta não soube precisar uma data ou previsão para divulgação dos resultados.