Desembargadora alvo de operação tem prisão revogada e usará tornozeleira eletrônica

Operação Faroeste investiga venda de sentenças para beneficiar a grilagem de terras no Oeste da Bahia

Desembargadora Lígia Maria Ramos Cunha Lima investigada por esquema de venda de sentenças judiciais Foto: ASCOM/ TJBA
Desembargadora Lígia Maria Ramos Cunha Lima investigada por esquema de venda de sentenças judiciais
Foto: ASCOM/ TJBA

A prisão da desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia e um dos alvos da Operação Faroeste, Lígia Maria Ramos Cunha Lima, foi revogada nesta terça-feira (22). A operação investiga um esquema de venda de sentenças judiciais no estado. Ela precisará utilizar tornozeleira eletrônica.

O ministro relator da operação, Og Fernandes, determinou que ela seja afastada do cargo, não compareça ao Tribunal de Justiça da Bahia, nem se comunique com os demais investigados. A defesa foi autorizada a entrar no gabinete da desembargadora, no Tribunal, para colher documentos.

Na última segunda-feira (21), o Ministério Público Federal pediu a prisão preventiva do homem suspeito de ajudar a movimentar mais de dois milhões de reais no esquema. Ele, que não teve a identidade divulgada e está detido desde o dia 17 de junho, vai responder pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Segundo as investigações, ele pedia propina em nome do juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, que está preso desde ano passado.  

No mesmo dia, a MPF defendeu a manutenção da prisão preventiva da desembargadora Ilona Márcia Reis. Ela é acusada de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A Operação Faroeste iniciada em novembro de 2019 investiga a venda de sentenças para beneficiar a grilagem de terras no Oeste da Bahia. O grupo teria a participação de advogados, juízes, desembargadores e outros servidores do TJ baiano.