A taxa de desocupação no país no primeiro trimestre do ano aumentou 0,9% na comparação com o trimestre anterior, atingindo 8,8% da população.
Apesar da alta, o resultado é o menor para o período desde 2015. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, realizada pelo IBGE, divulgada nesta sexta-feira (28).
Nos últimos três meses de 2022, a taxa de desemprego era de 7,9%. Já no primeiro trimestre do ano passado, o índice estava em 11,1%, o que representa uma queda de 2,4 pontos percentuais em relação ao resultado mais recente.
O Brasil tem, atualmente, 9,4 milhões de pessoas desocupadas. Isso indica uma alta de 10% na relação com o trimestre anterior, mas uma queda de 21,1% no acumulado do ano.
Segundo a colunista de economia da BandNews FM Juliana Rosa, o mercado já previa essa alta devido a uma desaceleração da economia. “Há perda de fôlego, mas comparado com o mesmo período do ano passado, há um desempenho ainda favorável do mercado de trabalho, mas percebe-se que a geração de emprego fica menor."
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, desconsiderando trabalhadores domésticos, foi de 36,7 milhões de pessoas, ficando estável frente ao trimestre anterior e crescendo 5,2% na comparação anual.
A taxa de informalidade foi de 39,0% da população ocupada (ou 38,1 milhões de trabalhadores informais) contra 38,8% no trimestre anterior e 40,1% no mesmo trimestre do ano anterior.
Juliana Rosa ainda destaca o aumento do valor do salário e do número de postos de trabalho mais qualificados, apesar da redução total de vagas. Segundo o IBGE, o rendimento real habitual ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 7,4% no ano, chegando, em média, a R$ 2.880.