A taxa de desemprego no país ficou em 8,8% no primeiro trimestre de 2023, com uma alta de 0,9 ponto porcentual em relação ao último trimestre de 2022. No entanto, houve queda de 2,4 pontos na comparação com o mesmo período do ano passado. Essa é a menor taxa registrada para o primeiro trimestre do ano desde 2015, quando ficou em 8%.

Os dados são do resultado trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), divulgada nesta quinta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As maiores taxas de desocupação são de Bahia (14,4%), Pernambuco (14,1%) e Amapá (12,2%). Já as menores são registradas em Rondônia (3,2%), Santa Catarina (3,8%) e Mato Grosso (4,5%). Para a analista da pesquisa, Alessandra Brito, a diferença entre os estados é ligada à informalidade.

A pesquisa ainda aponta que as taxas de desocupação seguem maiores para mulheres, pessoas pretas e pardas e aquelas com o ensino médio incompleto.

A taxa de desemprego foi de 7,2% para os homens e 10,8% para as mulheres. A diferença se mantém em todas as regiões do país.

O índice aumentou em 15 dos 26 estados brasileiros, além de no Distrito Federal. Como resultado, o número absoluto de desempregados aumentou em 10% em relação ao trimestre anterior, atingindo 9,4 milhões de pessoas. Isso representa um acréscimo de 860 mil pessoas no contingente de desempregados em comparação com o último trimestre do ano passado.

Em contrapartida, o total de pessoas empregadas teve uma queda de 1,6% em relação ao trimestre anterior, chegando a 97,8 milhões de brasileiros. Cerca de 1,5 milhão de pessoas deixaram o grupo dos empregados. Na comparação anual, houve um crescimento de 2,7%.