O médico Dimas Covas negou ter deixado o Instituto Butantan por causa da suspeita de irregularidades em contratos sem licitação na entidade.
As eventuais ilegalidades estão sendo apuradas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Segundo ele, a investigação é "normal" e os esclarecimentos já estão sendo feitos.
"O Tribunal de Contas tem que acompanhar o andamento de contratos e houve um questionamento, que é normal, no exercício de 2021, que deve ser julgado proximamente", afirmou.
Covas disse ainda que a apuração do TCE é sobre um sistema de gestão, e nada tem a ver com a compra de vacinas. Os contratos apurados envolvem uma empresa de software.
Nesta semana, Covas deixou a presidência do Instituto Butantan, que é diretamente vinculado ao governo de São Paulo.
Ao mesmo tempo, ele assumiu o comando da Fundação Butantan, organização privada que apoia o instituto e administra a receita obtida com a venda de vacinas e soros.
O ocupante desse cargo é definido pelo conselho curador e tem mandato de quatro anos, sem a possibilidade de ingerência do Estado, seja qual for o governador.