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Dino afirma que delação de Ronnie Lessa sobre morte de Marielle não é suficiente

Para o Ministro da Justiça, são necessários outros elementos para se concluir a investigação; Domingos de Brazão foi apontado como mandante do crime

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Dino afirma que delação de Ronnie Lessa sobre morte de Marielle não é suficiente
Marielle Franco foi assassinada em 2018
Foto: Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirma que a delação premiada não é um meio de prova e que são necessários outros elementos para se concluir uma investigação. 

A declaração foi dada nesta terça-feira (23) durante entrevista coletiva após a realização da primeira reunião de transição da pasta.

Dino não confirmou a delação premiada do policial militar reformado Ronnie Lessa, um dos acusados de envolvimento nos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. 

A colaboração foi confirmada pela TV Band de Brasília. 

A delação ainda precisa ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça. 

Ronnie Lessa delatou o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, como um dos mandantes dos assassinatos.

A defesa do ex-deputado estadual disse que o político não tem qualquer envolvimento com os crimes.

Durante a entrevista nesta terça, o ministro Flávio Dino disse que o caso de Marielle jamais ficou parado e que a investigação pode estar relacionada com outros crimes no estado do Rio.

Na segunda-feira (22), o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli, garantiu que o crime será esclarecido em breve, como já havia sido dito no início do ano pelo Ministro Flávio Dino.

Atualmente, o ex-policial militar Élcio Queiroz, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa e o ex-policial militar Ronnie Lessa estão presos acusados de envolvimento nos assassinatos. 

Domingos de Brazão voltou ao cargo no Tribunal de Contas do Rio no ano passado. 

Ele e outros quatro conselheiros foram presos, temporariamente, em 2017 em um desdobramento da operação Lava Jato. 

Em 2019, o político foi acusado pela Procuradoria-Geral da República de obstruir as investigações sobre a execução de Marielle e Anderson.

Em nota, a Polícia Federal diz que conduz o caso a cerca de 11 meses e que, até o momento, ocorreu apenas uma delação devidamente homologada pelo Poder Judiciário no processo.