O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Correa, vai comparecer a uma reunião na Comissão Mista de Atividades de Inteligência do Congresso nesta quarta-feira (25) para explicar o uso indevido do sistema de geolocalização de telefones celulares sem autorização judicial durante a governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na época, a agência era presidida pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). O caso é investigado pela Polícia Federal e já resultou no afastamento de 5 servidores da Abin, incluindo um membro da cúpula da organização, e duas prisões.
Além do uso indevido do sistema, os servidores da agência que foram presos também teriam utilizado o conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de chantagem para evitar a demissão.
Durante a ação, a PF apreendeu mais de US$ 150 mil nas casas dos envolvidos. Os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial.