Duas crianças são espancadas em MG; uma morre após socorro

Em ambos os casos os pais espancaram os filhos por não conseguirem fazer a lição de casa

Em um intervalo de 24 horas, duas crianças são agredidas em Minas Gerais Foto: Agência Brasil
Em um intervalo de 24 horas, duas crianças são agredidas em Minas Gerais
Foto: Agência Brasil

Em um intervalo de 24 horas, duas crianças são agredidas em Minas Gerais após relatarem problemas com a lição de casa passada pela escola. No caso mais grave, um menino de seis anos morreu.

A morte cerebral do menino espancado pelo em Caratinga, no Vale do Rio Doce, por não ter conseguido fazer o dever de casa, foi confirmada na noite de segunda-feira (28).

De acordo com a prefeitura do município do Vale do Rio Doce, a criança foi levada para o hospital João 23, em Belo Horizonte, depois do agravamento do quadro de saúde.

As agressões foram descobertas no domingo (27) quando o menino foi levado para a Upa de Caratinga pelo pai. Questionado pela polícia, o homem de 26 anos confessou as agressões. Ele disse que perdeu a paciência com o filho quando realizavam atividades escolares, e o agrediu com chineladas, socos no rosto e chutes na costela. Após sofrer uma rasteira, o menino caiu, bateu a cabeça em um móvel e começou a ter convulsões.

O homem foi preso em flagrante por lesão corporal e disse que estava bêbado quando agrediu a criança.

Antes da confirmação da morte da criança a polícia autuou o pai por tortura. Ele já tinha passagem na polícia por homicídio.

UBERABA

Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, a Polícia Militar foi acionada na segunda-feira (28) por uma mãe que notou diversos ferimentos na barriga, costas, braços e pernas do filho, de 10 anos.

Questionada pelos militares, a criança contou que estava na casa do pai, ex-marido da mãe, quando disse que estava tendo dificuldades com a escola e não queria fazer o dever.

Após conversar, o pai pegou um cinto e espancou o filho.

A madrasta estava em casa e não fez nada para evitar as agressões.

A vítima foi levada para o Hospital da Criança de Uberaba, onde foi socorrida e não corre o risco de morrer.