A primeira pessoa a ser vacinada contra o coronavírus no Brasil só descobriu que receberia a dose da vacina 3 horas antes do aval concedido pela Anvisa para o uso emergencial da Coronavac e do imunizante de Oxford.
Mônica Calazans foi entrevistada na BandNews FM e falou sobre a emoção de descobrir que ela, enfermeira da linha de frente do combate à covid-19, negra, moradora da periferia de São Paulo, seria a primeira a receber uma dose da vacina.
“Não consegui nem almoçar. A emoção era tão grande que eu não conseguia beber água. Só fui comer à noite”, disse.
Depois de tomar a vacina, a Mônica ainda voltou para completar o plantão dela, antes de retornar a Itaquera, bairro da Zona Leste de São Paulo, onde vive.
Além da emoção de ser imunizada, a Mônica contou um pouco, também, sobre o trabalho na linha de frente e como a chegada da vacina se torna a esperança de “dias normais”.
“Nós profissionais da saúde estamos sobrecarregados, o fluxo de pacientes voltou a aumentar e, diante disso, como que a gente pode pensar em ter uma vida normal novamente? Através da imunização”.
A Mônica disse que não sentiu nenhum efeito colateral da vacina até o momento e lembrou que, só a imunização não garante, ainda, a segurança das pessoas, reforçando a necessidade de que as pessoas continuem usando máscara, álcool em gel e respeitem o distanciamento social.
Acompanhe a entrevista completa: