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“Estamos no pico de uma tragédia”, avaliam responsáveis de hospitais em SP

Da Redação

“Estamos no pico de uma tragédia”, avaliam responsáveis de hospitais em SP Reprodução TV
“Estamos no pico de uma tragédia”, avaliam responsáveis de hospitais em SP
Reprodução TV

Médicos de grandes centros hospitalares de São Paulo avaliam que a pandemia vai se agravar agora em março. Hoje, um a cada quatro hospitais da rede pública da cidade está com 100% de ocupação nos leitos de UTI.

Foto: Agência Brasília

Na rede particular, a situação não é diferente: as taxas de ocupação por pacientes com coronavírus variam entre 80 e 100%. E os especialistas acreditam que o relaxamento de medidas protetivas vai refletir em uma piora do atual cenário.

O presidente do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, Sidney Klajner, definiu a situação como uma “catástrofe”:

Na prática, se o ritmo de contágio se mantiver, pode faltar leito para atender pacientes com uma simples apendicite:

Sidney Klajner diz que o Hospital Albert Einstein vive um “aumento progressivo” de internações de pacientes com Covid-19. Segundo ele, cerca de 80 pessoas estão na UTI ou em unidades de terapia semi-intensiva – o maior número desde o começo da pandemia:

E o que se vê em São Paulo é que o sistema de saúde como um todo já está em colapso, sem previsão de melhora. É o que afirma o presidente do Conselho Diretor do InCor e diretor do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Roberto Kalil Filho:

Esses pacientes que não estão conseguindo leitos no Hospital Sírio Libanês estariam sendo transferidos para o Incor, segundo informação apurada nos bastidores pela BandNews FM. E já é consenso entre os médicos: enquanto a vacinação não atingir uma cobertura expressiva, a situação não vai se alterar:

Roberto Kalil Filho ainda destacou que o coronavírus pode matar também depois da fase aguda da doença por causa das sequelas cardíacas, pulmonares e cerebrais. Desta forma, de acordo com o médico, o sistema de saúde público e privado poderá ficar ainda mais sobrecarregado.

Acompanhe a entrevista completa: