Edson Fachin: "Justiça não vai se dobrar aos ataques contra as eleições"

EXCLUSIVO: Presidente do TSE conversou com a colunista Dora Kramer

BandNews FM

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luiz Edson Fachin, está preocupado não só com as eleições, mas com o que pode acontecer depois do pleito. O ministro conversou de forma exclusiva com a colunista de política da BandNews FM Dora Kramer.

Segundo a jornalista, o magistrado disse ter uma espécie de "cardápio" dos riscos e garantias da estabilidade do processo eleitoral. Ainda assim, Edson Fachin vê, em tudo que engloba os mais recentes ataques de Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas, um fator de maior risco, como a possibilidade de tumulto. 

De acordo com o presidente do TSE, a Justiça Eleitoral não vai "se dobrar" e as eleições vão seguir sem intercorrências. Ele listou, por exemplo, a vigilância da imprensa e de organismos internacionais, além do compromisso do Legislativo com o processo.

Questionado sobre a postura de deputados e senadores, Edson Fachin respondeu que, além de serem eleitos pelo atual sistema de votação, eles representam os 21 partidos que assinaram um acordo com a Corte de respeito ao resultado das urnas.

As eleições de 2022 no Brasil terão mais de 100 observadores internacionais - o maior número da história - e a primeira visita está agendada para agosto. Uma organização interamericana vai acompanhar a conclusão do software utilizado nas urnas e estará em contato com representantes dos Três Poderes.