O âncora do BandNews No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, chama a atenção para a dificuldade que é enxugar as contas públicas do Brasil. O jornalista avalia que os cortes nas despesas não trazem, separadamente, grande impacto no orçamento da União.
Eduardo Oinegue cita o exemplo do fundo eleitoral. Por razões éticas, ele diz, essa é uma despesa que deve ser extinta, mas o efeito financeiro nas contas públicas é muito pequeno: “Isso [fundo eleitoral] é imoral, mas são 5 bilhões de reais, o que equivale a 0,5% do que a gente gasta com a previdência social. Essa discussão deve ser travada no campo ético, mas não podemos acreditar que o Brasil está quebrado por conta disso”.
Oinegue explica que, em sua visão, a redução de despesas tem que ser feita em várias frentes, porém cada corte representa um percentual baixo quando comparado com os maiores gastos do governo. “É um pouquinho aqui, ali. R$ 5 bilhões aqui, mais R$ 2 bilhões lá. Tem que achar um monte de lugares em que gastamos isso para poder economizar”.
O âncora aponta a privatização como um dos caminhos para solucionar o problema das contas públicas. “Uma das alternativas é dar um jeito para que certas tarefas do Estado sejam feitas pela iniciativa privada, não tem jeito”, opina.
“Na desculpa de que nada que a gente faça gere um impacto grande, vamos inchando os gastos públicos e arrebentamos o bolso do contribuinte”, conclui Oinegue.