O âncora do BandNews FM No Meio Do Dia, Eduardo Oinegue, avalia que as perguntas que são feitas na CPI da Pandemia devem servir para investigar o que está acontecendo na saúde do Brasil e não para provocar quem é interrogado.
Oinegue critica as perguntas do relator Renan Calheiros e afirma que elas fogem no escopo de ter tido negligência ou não, fazendo com que seja mais fácil aparecer uma mentira, como aconteceu na sessão desta terça-feira (18) com o ex-ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo.
"Ele [Ernesto Araújo] mentiu ao falar que não fez declarações atacando a China. Ele fez e as perguntas deveriam acertar diretamente o problema", disse o âncora.
Nessa quarta-feira (19), a previsão é de que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, preste esclarecimentos na comissão. Na semana passada, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, concedeu habeas corpus para que o ex-ministro possa permanecer em silêncio durante o depoimento. O depoimento de Pazuello é um dos mais esperados, já que ele foi o ministro que ocupou por mais tempo o comando da Saúde durante a pandemia.
Já na quinta-feira (20), a comissão pretende ouvir a Secretária de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde, Mayra Pinheiro. Conhecida como “capitã cloroquina”, a secretária é conhecida como uma das principais pessoas no governo a favor do uso do medicamento, mesmo ele não tendo comprovação de eficácia contra o coronavírus, e a imunização de rebanho. Mayra, assim como Pazuello, pediu ao STF a o direito de não responder as perguntas da comissão e quer ser acompanhada pelos advogados. O ministro Gilmar Mendes é o relator do caso e ainda não respondeu à solicitação.
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