Com o cancelamento do carnaval de rua, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, defende a realização de blocos em locais onde seja possível o controle das medidas restritivas contra a Covid-19.
De acordo com o prefeito, a ideia é que o Parque Olímpico, na Zona Oeste, que tem capacidade para 50 mil pessoas, receba quatro blocos diários durante quatro finais de semana. Já o Parque Madureira, na Zona Norte, receberia o Cordão da Bola Preta, um dos maiores do Carnaval carioca.
Mesmo com o apoio dos patrocinadores, a proposta não foi aceita inicialmente pela Sebastiana, associação que representa os blocos de rua da cidade.
Na próxima sexta-feira (07), a Prefeitura e os representantes do Carnaval de rua devem se reunir para definir as medidas que serão adotadas.
Nesta quarta-feira (05), a Comissão de Carnaval da Câmara Municipal sugeriu que a tradicional festa seja transferida para o meio deste ano. De acordo com o presidente da comissão, Tarcísio Motta, a realização do Carnaval de Rua em fevereiro pode representar um aumento no índice de transmissão do coronavirus.
A mudança da data não foi aceita pelos organizadores do Carnaval de Rua. Para a presidente da Sebastiana, Rita Fernandes, a proposta não é válida para o grupo. O presidente do Cordão da Bola Preta, Pedro Ernesto, afirma que o carnaval fora de época descaracteriza a festa.
Por enquanto, apenas os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí, na Intendente Magalhães, na Zona Norte, e na Avenida Chile, no Centro, estão mantidos.
Em nota, a Associação Comercial do Rio de Janeiro disse que considera prudente a decisão de cancelar o Carnaval de Rua, por causa da dificuldade de controle do público e das medidas de proteção.
Segundo o órgão, a manutenção dos desfiles das escolas de samba, no Sambódromo, maior atração do período, pode beneficiar hotéis, bares e restaurantes, além de minimizar os impactos na economia.
Já a Prefeitura de São Paulo deve anunciar nesta quinta-feira (06) decisão sobre a realização do carnaval de rua. Porém, três associações que representam cerca de 250 blocos de ruas da cidade cancelaram a participação por meio de uma nota divulgada nesta quarta (05).