Morto em 2021, o segurança do contraventor Bernardo Bello, o ex-sargento da PM Edmilson Oliveira da Silva, é apontado como intermediário da execução da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Em 2019, um ano após o assassinato, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos como os executores do crime, mas os mandantes ainda não foram identificados.
Em delação premiada, Élcio confessou que dirigiu o veículo usado no dia do ataque e que Ronnie Lessa teria sido o responsável pelos disparos. Ele também apontou a participação do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, preso na segunda-feira (24).
Na terça-feira (25), Suel foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília. Ele é acusado de monitorar a rotina de Marielle e auxiliar no desaparecimento das cápsulas de munição, do carro usado no crime e das placas clonadas.
Segundo as investigações, ele já participava da preparação da execução pelo menos seis meses antes do crime. Além disso, o ex-bombeiro também era o motorista do carro em uma tentativa frustrada de matar a ex-vereadora, em 2017.
O Ministério Público do Rio anunciou que parte da delação está sob sigilo e será usada na nova fase da investigação. Os acusados irão a júri popular pelos crimes.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, garante que não há interferência política no trabalho dos agentes e prometeu novas fases da investigação nas próximas semanas.