O ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro Élcio Queiroz disse que fechou o acordo de delação premiada no caso envolvendo os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista do Anderson Gomes após a entrada da PF na investigação.
Em depoimento nesta segunda-feira (2), ele esclareceu alguns pontos sobre as mortes.
Nas declarações, Élcio informou que já pensava em colaborar desde o início, porém, alegou não confiar nas investigações por estarem sob comando da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro, da qual tem suspeitas de corrupção.
"Quando a PF entrou no caso, eu vi uma esperança para mim", afirmou.
Em depoimento prestado na última sexta-feira (30), o ex-sargento declarou ter sido enganado por Lessa, e que não tinha conhecimento que ele cometeria o assassinato.
O que o réu teria entendido era que a execução seria algo pessoal de Lessa, que não queria intromissão.
Os depoimentos de acusação feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) foram encerrados pelo STF, e serão retomados no dia 9 de setembro, com as testemunhas de defesa dos réus.
São réus no caso, Domingos e Chiquinho Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e o major da Policia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos respondem pelos crimes de homicídio e organização criminosa. Os réus estão presos e negam as acusações.