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Elevação da taxa básica de juros na Europa é medida tardia, diz economista

Alta dos juros foi de 0,5 ponto porcentual em uma tentativa de desacelerar inflação

Rádio BandNews FM

A decisão do Banco Central Europeu de elevar, nesta quinta-feira (21), a taxa básica de juros pela primeira vez em 11 anos foi uma medida tardia, segundo o economista Cláudio Frischtak. Sócio-fundador da Inter B Consultoria Internacional, ele foi entrevistado pela BandNews FM.

Para Frischtak, o receio das consequências geradas pela subida dos juros, como o aumento do desemprego, por exemplo, atrapalhou.

A alta dos juros foi de 0,5 ponto porcentual, acima das expectativas do mercado, e é uma tentativa de desacelerar a inflação. Em 12 meses, a taxa na Zona do Euro acumula um avanço de 8,6%, nível mais alto da história para a região.

Cláudio Frischtak afirma que a medida do Banco Central Europeu controla a inflação, mas segura o crescimento no continente após todos os problemas gerados pela pandemia.

Já de acordo com a colunista de economia da BandNews FM Juliana Rosa, não só a inflação preocupa a União Europeia. Há também o risco de recessão. Ela lembra que a alta nos juros também tem o objetivo de proteger o euro, que vem perdendo valor nos últimos meses.

A maior pressão sobre a inflação na Europa vem da energia, influenciada pela guerra entre Rússia e Ucrânia. O continente é dependente do gás russo e tem buscado encontrar novas alternativas para evitar o desabastecimento.

Mercados

Os mercados europeus fecharam as operações nesta quinta sem tendência definida após o Banco Central Europeu decidir elevar a taxa básica de juros.

A Bolsa de Valores do Reino Unido teve crescimento de 0,09%, enquanto a da França subiu 0,27%. Já na Alemanha, queda de 0,27%.

Na Itália, o mercado fechou com baixa de 0,71%, recuperando parte da queda do dia, quando atingiu a marca negativa de mais de 2,3%. O resultado também foi impactado pela renúncia do primeiro-ministro do país, Mario Draghi após perder a maioria no Parlamento.