
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, se despediu dos colegas com um discurso ao final da sessão de julgamento nesta quarta-feira (27), e foi homenageada pelos colegas por causa do empenho na defesa da democracia.
A ministra se aposenta oficialmente na próxima segunda-feira (2) após completar 75 anos, idade-limite para deixar a corte e, assim, passa a presidência para o ministro Luis Roberto Barroso.
Weber lembrou que foi apenas a terceira mulher a chegar ao STF, ao lado das ministras Cármen Lúcia e Ellen Gracie, no lugar de quem foi indicada.
A ministra citou no discurso os atos de 8 de janeiro, quando a sede do Supremo foi invadida. Ela chamou as atitudes criminosas de uma “infâmia”.
"O 8 de janeiro não há de ser esquecido, para que, preservando-se a memória institucional, jamais se repita. Também há de ser sempre lembrado como propulsor do fortalecimento do nosso Estado Democrático de Direito", afirmou Rosa Weber.
No discurso, Rosa Weber ainda afirmou que o “esforço, empenho e a dedicação foram totais” e conclamou os colegas a continuarem aperfeiçoando a justiça.
A ministra agradeceu aos colegas pela companhia durante a trajetória dela no Supremo. "Erra muito quem nos vê como ilhas e desconhece as pontes de amizade, respeito e companheirismo existentes entre nós. Eu os levo guardados a sete chaves, do lado esquerdo do peito, como personagens importantíssimos da minha caminhada", disse.
O ministro Luís Roberto Barroso toma posse como presidente da Corte nesta quinta-feira (28), às 16h. Na mesma cerimônia, Edson Fachin assume a vice-presidência do STF.