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Em duas semanas, casos da variante Delta no Brasil crescem quase 25%

Rio de Janeiro é considerado o epicentro da cepa no país

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Ao menos 570 casos da variante Delta já foram confirmados no Brasil
Ao menos 570 casos da variante Delta já foram confirmados no Brasil
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

O Brasil já registra pelo menos 570 casos de contaminação pela variante Delta do coronavírus. O número divulgado nesta semana, pelo Ministério da Saúde, representa um aumento de quase 25% em relação aos diagnósticos até 31 de julho, menos de 15 dias antes.

Em Minas Gerais, o número de casos quase triplicou em uma semana, passando de quatro para onze, concentrados em oito cidades. Em Goiás, o 11° caso foi confirmado nessa quinta-feira (12).

Já em Pernambuco, o número de confirmações subiu para sete, sendo que os dois últimos registros são efetivamente de moradores do estado. Os anteriores eram tripulantes de um navio que passava pelo estado (os primeiros casos confirmados no Brasil também foram de pessoas que estavam em uma embarcação).

Rio de Janeiro: o epicentro da variante

Atualmente, o Rio de Janeiro, sobretudo a capital, é considerado o epicentro da variante Delta no país. Em um ofício, a Secretaria Estadual de Saúde pede que seja avaliada a possibilidade de aumento dos leitos destinados à Covid-19, considerando que, também por causa da variante Delta, o número de solicitações de internação dobrou na cidade num período apenas três dias.

Por causa do avanço da mutação do vírus identificada primeiro na Índia, o Ministério da Saúde anunciou que o Rio irá receber 5% a mais de vacinas anti-Covid. O Distrito Federal, que também tem um número alto de confirmações, terá um acréscimo de 102 mil doses de imunizantes.

Variante Delta nos distancia da imunidade de rebanho

De acordo com o parecer divulgado nesta semana pelo professor da Universidade de Oxford e líder dos ensaios clínicos da vacina contra a Covid-19, Andrew Pollard, o maior potencial de transmissão da variante Delta, combinado ao fato das vacinas disponíveis não impossibilitarem a infecção e disseminação do coronavírus (uma vez que elas têm como meta impedir que a doença causada pelo vírus avance para um caso grave), faz com que seja impossível que o mundo atinja a chamada “imunidade de rebanho”, cálculo utilizado por epidemiologistas e infectologistas para determinar o número mínimo da população que precisa estar imunizada para que os indivíduos estejam protegidos de um vírus (no caso da Covid-19, fala-se em 70% a 75% de pessoas vacinadas com as duas doses para se atingir tal marca).

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