O balanço mais recente divulgado pela concessionária Enel diz que mais de 100 mil endereços estão sem energia. A empresa, portanto, descumpriu a primeira promessa de restabelecer o serviço integralmente até o fim do dia de ontem.
No total, mais de 2 milhões de clientes tiveram o fornecimento de eletricidade interrompido. A revolta pela má prestação do serviço gerou protestos com o registro de confrontos em alguns casos.
Na região do Morumbi, Zona Sul da Capital, manifestantes colocaram fogo em lixeiras e bloquearam a avenida Giovanni Gronchi por 3 horas na noite desta terça-feira (7).
Um policial militar ficou ferido depois de levar um tiro na perna durante a confusão; ele não corre risco de morrer.
Na zona Oeste da capital, a manifestação ocupou a Avenida Escola Politécnica, na região de Rio Pequeno. A 8 km dali, moradores espalharam folhas e cartazes na Rua Carlos Weber. Prédios do bairro estão sem luz e sem água desde sexta-feira (3).
Moradores de Cotia também se revoltaram com a demora do religamento da energia pela Enel. O protesto bloqueou faixas da Rodovia Raposo Tavares, na altura do km 30.
Também houve registro de manifestação na Régis Bittencourt, em Embu das Artes, e na Estrada Kizaemon Takeuti, em Taboão da Serra. Na zona Leste da capital, moradores se reuniram em frente a um condomínio sem luz no Jardim Elba, em Sapopemba.
A Enel, por meio de nota, diz que está atuando com mais de 3 mil técnicos nas ruas e “que têm trabalhado de forma incansável para reconstruir trechos inteiros da rede elétrica.”