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Entenda por que alguns mercados estão limitando a compra de arroz

Limitação está relacionada a enchentes no Rio Grande do Sul, maior produtor do grão no país, mas associações dizem que problema é provisório e clientes não devem estocar arroz por pânico

Da redação

Consumidores não devem estocar arroz, apontam associações
Consumidores não devem estocar arroz, apontam associações
Reprodução/BandNews FM

Supermercados de todo o Brasil sentiram um aumento significativo na procura por arroz nos últimos dias e alguns deles começaram a restringir o número de pacotes comprados por pessoa.  

Em Belo Horizonte, uma rede de supermercados limitou a compra em cinco pacotes por pessoa. Situação parecida também foi relatada por ouvintes da BandNews FM em estabelecimentos do Ceará.

No interior do Espírito Santo, duas redes de supermercados estão vendendo apenas um pacote de arroz por cliente. Já na Grande Vitória, o principal mercado limitou a compra de quatro embalagens por pessoa.

A orientação para os consumidores é que eles não realizem compras de pânico visando a estocar arroz, porque haverá volume suficiente ao longo do ano. Associações relacionadas ao arroz apontam que a oferta do produto será regularizada a médio prazo.

Problema provisório

Esse comportamento é um reflexo das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável pela produção de 70% do arroz consumido no país. O problema, no entanto, não é de desabastecimento e sim de logística.  

A maior parte do arroz do estado já foi colhida mas, por ora, não pode ser enviado para o restante do Brasil devido ao bloqueio nas estradas. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) garante que não tem risco de faltar o produto nas prateleiras.  

A Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) também reforçou que é um problema de curto prazo que deve ser amenizado nos próximos dias.  

Para minimizar os efeitos dessa falta temporária, o Governo Federal também autorizou a importação excepcional de até 1 milhão de toneladas do grão pela Companhia Nacional de Abastecimento.

Mesmo ainda sem os impactos relacionados ao arroz, a inflação do mês de abril registrou alta relacionada aos alimentos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês em alta de 0,38%.

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