Equatorianos voltam às urnas para escolher o próximo presidente

Campanha eleitoral foi acirrada e marcada por violência

Kawany Nascimento*

Equatorianos voltam às urnas para escolher o próximo presidente
Equatorianos voltam às urnas para escolher o próximo presidente
Reuters

Após 16 meses, eleitores do Equador voltam às urnas neste domingo (9) para eleger um novo presidente. O atual representante do país, Daniel Noboa, é o favorito para vencer o pleito, mas as principais pesquisas do país não descartam a possibilidade de uma disputa acirrada contra a candidata de esquerda Luisa González. 

O milionário assumiu a presidência em outubro de 2023, nas eleições antecipadas, convocadas pelo ex-presidente Guilherme Lasso, que estava passando por um processo de impeachment. 

No começo desta semana, Noboa reforçou o esquema de segurança dos portos, nos limites do sul e do norte do país.  Além disso, o atual presidente fechou as fronteiras no sábado (8) e afirma que vai reabri-las na segunda (10). 

Porém, o processo eleitoral do Equador se tornou um dos mais violentos da América Latina, diante da ameaça de cartéis de drogas para o controle do narcotráfico. 

A violência ganhou destaque após a morte do candidato Fernando Villavencio, em agosto de 2023. O jornalista investigativo foi baleado na cabeça quando saía de um comício. Após o assassinato, os demais concorrentes fizeram campanha sob forte esquema de segurança.

No dia do ataque, seis colombianos foram presos e um suspeito morreu em um confronto armado com os seguranças de Villavencio. No decorrer das investigações, os detidos foram encontrados mortos na prisão. Segundo denúncias, a ordem de morte para o candidato saiu de dentro do presídio.

A atual campanha não teve registros de mortes e episódio violentos, mas o combate à criminalidade continua sendo um desafio no Equador.

Sob supervisão de Arthur Covre*

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