ES e MG propõem que indenização de Mariana para recuperar o Rio Doce seja feito direto aos estados

Reparação dos danos da barragem rompida em Mariana seguem sem solução após 6 anos

BandNews FM

Reparação dos danos da barragem rompida em Mariana seguem sem solução após 6 anos Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
Reparação dos danos da barragem rompida em Mariana seguem sem solução após 6 anos
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Os governadores do Espirito Santo e de Minas Gerais defendem que o repasse de verbas para agilizar a reparação dos danos provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana, ocorrido em novembro de 2015, seja feito diretamente para cada distrito.

A reunião entre os governantes ocorreu no Palácio Anchieta, em Vitória, e foi pautado pelo interesse em assumir as ações da barragem em um modelo semelhante ao acordo de Brumadinho. O ponto levantado por Renato Casagrande e Romeu Zema requer o pagamento de valores referentes a reparações socioambientais no Rio Doce de forma mais acelerada.

Atualmente, o acordo firmado prevê que os recursos referentes às ações reparatórias sejam repassados aos estados pela Fundação Renova, criada para executar os programas de compensação de danos. Caso a nova proposta seja levada adiante, os valores seriam repassados diretamente aos estados, sem um intermediário.

O governador capixaba, Renato Casagrande, avalia que a maneira como os recursos são liberados hoje dificulta a execução de medidas compensatórias.

Com o rompimento da barragem de Fundão prestes a completar seis anos, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, reclama da demora em executar ações de reparação por parte da Fundação Renova e afirma que um novo acordo poderia fazer com que os programas fossem cumpridos.

O Conselho Nacional de Justiça já trabalha na construção de uma solução efetiva sobre o assunto. Até dezembro, serão realizadas três audiências públicas para promover a escuta qualificada das vítimas do desastre.

Por meio de nota, a Fundação Renova se limitou a dizer que permanece dedicada ao trabalho de reparação dos danos provocados pelo rompimento da barragem de Fundão e que cerca de R$ 14 bilhões foram gastos com ações reparatórias em Minas Gerais e no Espírito Santo.