Com a suspensão da rede social X, o antigo Twitter, os brasileiros têm serviços similares à disposição, exemplo do Threads, da Meta, e do Bluesky. Em meio a uma batalha judicial envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e o empresário Elon Musk, o X está suspenso no Brasil.
Em entrevista à BandNews FM, o especialista em tecnologia e inovação Arthur Igreja ressaltou que as redes sociais mudaram nos últimos anos e cita o exemplo do Instagram. No começo, a rede social de imagens não tinha um microblog parecido com o Twitter, algo que mudou com a chegada do Threads, que está dentro do Instagram e permite a postagem de textos nos mesmos moldes do X. Arthur Igreja avalia que, diferente de períodos anteriores, outras plataformas não devem substituir diretamente o antigo Twitter.
“Eu não acho que quem um usuário assíduo [do X] vá necessariamente migrar unicamente para uma outra plataforma. Pode ser que ela comece a usar mais o Threads, Bluesky ou outros concorrentes. Mas me parece que o comportamento mais provável seja que esse tempo de tela ou formato de comunicação simplesmente se dilua em outras plataformas. Traduzindo: de repente a pessoa fazia a publicação com um texto curto no X, ela vai colocar esse texto curto no Instagram ou alguma outra plataforma”, disse.
VPN
A suspensão inicial de VPN’s no Brasil, plataformas usadas para conectar servidores nacionais diretamente a servidores estrangeiros, foi vista com surpresa por especialistas na área. Muitos usuários de aplicativos e redes sociais costumam usar esse tipo de provedor para maquiar o local de conexão dos computadores.
É possível, por exemplo, ter acesso a catálogos diferentes de séries e filmes através da conexão com plataformas de streaming de outros países. O ministro Alexandre de Moraes estabeleceu uma multa diária de 50 mil reais para quem utilizasse as VPN’s no Brasil. Logo depois, ele revisou a decisão e manteve a multa apenas para quem usar o serviço para acessar a rede social X.
O especialista em tecnologia e inovação Arthur Igreja explica que as VPN’s são essenciais para empresas que atuam em mais de um país. “É muito comum usar isso. Não é para ficar acessando conteúdos ilegais, dark web e nada disso. Tem muitas empresas que tem unidades em N regiões do mundo e precisem estabelecer um canal seguro. A VPN te permite conectar um servidor em outro país com segurança. Imagine que uma empresa está sediada na França e lá estão seus documentos mais valiosos. Ela tem que criar um canal seguro, não pode ser uma conexão pública”, explicou.
Confira a entrevista na íntegra: