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Estado de São Paulo tem alta de incidentes envolvendo picada de escorpião

Os dados apontam em média 94 acidentes por dia.

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Por dia, ocorrem cerca de 94 incidentes envolvendo picadas de escorpião no Estado.
Por dia, ocorrem cerca de 94 incidentes envolvendo picadas de escorpião no Estado.
Foto: Instituto Butantan

Os números envolvendo acidentes com escorpiões apontam uma alta no estado de São Paulo. Neste ano, já são 20 mil casos, segundo dados do governo estadual, em média de 94 por dia.

Cerca de 3 óbitos já foram registrados por picadas por escorpiões, que muitas vezes pode ser letal. 

Em 2021, ao longo de todo ano, foram registrados 33 mil casos e 7 mortes confirmadas.

No Estado, duas espécies são prevalentes, o escorpião amarelo e o marrom. 

O escorpião amarelo, chamado desta forma pela coloração nas pernas e cauda, é mais comum em áreas urbanas e mede até 7 centímetros de comprimento, sendo responsável pela maior parte das picadas. 

Quem mora em áreas de maior incidência de escorpiões vive apreensivo. É o caso da Carolina Farias, do bairro do Piqueri, na zona norte da capital: “Demorou 2 meses para uma equipe da Prefeitura vir à minha casa!”, reclama.  

A Prefeitura de São Paulo monitora atualmente cerca de 170 áreas escorpiônicas. Nesses locais, os agentes orientam as pessoas a adotarem medidas preventivas e também realizam vistorias. 

Sonia Berenguer, que também mora na zona norte da cidade, relata o medo constante dos moradores: “Levamos um susto, quando eu vi o escorpião. Meu marido colocou o bicho num vidro, mas nem sabíamos o que fazer”, conta. 

As autoridades recomendam vedar, se possível, frestas e vãos que permitam que os escorpiões entrem nas casas. Na hora de se vestir, a dica é sacudir roupas e sapatos antes de usá-los e sempre olhar a cama antes de deitar, além de deixar longe de paredes e janelas. 

A colunista da BandNews FM Manu Karsten destaca ainda outras ações para reduzir os riscos: “O escorpião não é ágil. Se pegá-lo num pote é preciso leva-lo ao Butantã para análise”, explica. 

O Instituto Butantã é uma das maiores referências em pesquisa e produção do soro antiescorpiônico.  O local recebe os animais para produção do medicamento e de pesquisas. 

Crianças de até 10 anos são consideradas grupo de risco para mortes e, para que o ataque não seja fatal, é fundamental que o atendimento médico seja rápido.

O Secretaria Estadual da Saúde ampliou em 22% a rede de pontos estratégicos para aplicação de soro antiveneno, essenciais para garantir atendimento ágil em caso de acidentes com animais peçonhentos. O número subiu de 172 para 211, cobrindo todas as regiões do Estado. 

No site da Secretaria é possível localizar os endereços dos hospitais referências em soro antiescorpiônico. 

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