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Estados Unidos não vão se envolver em um possível contra-ataque contra o Irã

Para Biden, Israel tem “capacidade notável para se defender e derrotar até mesmo ataques sem precedentes”

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Joe Biden
Joe Biden
Elizabeth Frantz/Reuters

Após o Irã ter lançado mais de trezentos drones e mísseis para atacar Israel neste sábado (12), o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Natanyahu, que o país não vai participar de um eventual contra-ataque contra o Irã. A informação é uma autoridade da Casa Branca.

O ataque contra o território israelense foi lançado em resposta ao bombardeio que atingiu a Embaixada do Irã na Síria no começo deste mês. O porta voz militar israelense, Daniel Hagari, afirmou que “99% das ameaças lançadas ao território israelita foram interceptadas”, fato comemorado pelas Forças Armadas do país.

“O confronto pode levar a uma nova escalada do conflito, e os Estados Unidos não demonstram estar a favor de responder fogo com fogo”. Apesar da condenação ao ataque, o país continuará a "apoiar a defesa de Israel", afirmou o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

Israel “demonstrou uma capacidade notável para se defender e derrotar até mesmo ataques sem precedentes”, segundo o que Biden afirma ter falado a Netanyahu. No entanto, o presidente americano não comunicou se ele e o primeiro-ministro israelense conversaram sobre uma possível resposta de Israel ou um potencial envolvimento dos Estados Unidos.

O Irã afirmou, em comunicado, que os EUA "devem ficar de fora" de um assunto que só envolve os dois países, enquanto os líderes do G7, o grupo dos países mais ricos do mundo, condenaram a ofensiva.

O Reino Unido, país que auxiliou na interceptação dos drones e mísseis, e outras principais nas economias ocidentais, também pediram “moderação” de todas as partes. Biden convocou os líderes do G7 para uma reunião, realizada por videoconferência, a fim de coordenar uma resposta diplomática universal e tratar dos ataques.

Em declarações recentes, o Irã diz ter comunicado os países vizinhos sobre o ataque 72 horas antes, e que o país não defende a escalada de tensões na região. Sendo assim, "não há pretensão de ação contra os americanos e nem em bases dos Estados Unidos na região", de acordo com o ministro das Relações Exteriores iraniana, Hossein Amirabdollahia.

No Brasil, A Força Aérea do país está de prontidão e preparada para caso haja necessidade de ações de buscas de brasileiros em Israel, incluindo o grupo de operações espaciais e aeronaves de vários portes, como o KC-30, de maior capacidade.

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