O ex-comandante da Marinha Almir Garnier indica que vai falar à Polícia Federal se tiver acesso aos depoimentos de Mauro Cid e do ex-chefe do Exército Freire Gomes.
O almirante é um dos investigados no inquérito que apura o envolvimento de Jair Bolsonaro e aliados em uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Alvo de um mandado de busca e apreensão na Operação Tempus Vertitatis, Almir Garnier ficou em silêncio no primeiro depoimento à PF.
Em 2022, ao ser apresentado a um plano golpista, o almirante teria dito que a tropa dele estaria pronta para atender a um eventual chamamento de Jair Bolsonaro.
Assim como Freire Gomes e Bastista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, ele teria participado de encontros para discutir minutas que teriam como objetivo reverter o resultado das urnas.
Em outro depoimento, na última segunda-feira, Mauro Cid confirmou que Alexandre de Moraes foi monitorado após a derrota de Jair Bolsonaro em outubro do ano passado.
Segundo o tenente-coronel, integrantes do então governo acompanharam o itinerário e a localização do ministro do STF, com o objetivo de capturá-lo e detê-lo após a assinatura de um decreto de golpe.