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Ex-ministros pedem a Pacheco que rejeite pedido de impeachment de Moraes

Manifesto foi assinado por dez ex-ministros da Justiça e da Defesa

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Dez ex-ministros pedem ao presidente do senado federal que rejeite pedido de impeachment de Moraes protocolado por Bolsonaro
Dez ex-ministros pedem ao presidente do senado federal que rejeite pedido de impeachment de Moraes protocolado por Bolsonaro
Foto: Agência Brasil

Dez ex-ministros da Justiça e da Defesa assinam petição para que o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, rejeite o pedido enviado por Jair Bolsonaro para o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.

No documento, intitulado 'Manifesto em defesa da democracia dirigido ao presidente do Senado Federal', os ex-ministros defendem que 'a ausência de justa causa' impede a aprovação dos procedimentos para dar continuidade ao impeachment.

A nota ainda destaca a tentativa sem sucesso do presidente de tentar incluir o voto impresso nas eleições além da divulgação de dados sigilosos de um inquérito que foi divulgado pelo presidente ao tentar favorecer o discurso de que urnas eletrônicas apresentam falhas e tem maior possibilidade de fraudes.

'Estabelecendo constante confronto como forma de ação política, agora o presidente da República elegeu por inimigo o Judiciário e individualizou o ataque na pessoa dos Ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, entrando contra o primeiro de forma inusitada com pedido de impeachment junto ao Senado Federal', diz o texto.

Também por meio de nota, o STF repudiou a medida protocolada por Bolsonaro e afirmou a 'total confiança' na 'independência e imparcialidade' de Moraes.

Assinaram o manifesto os ex-ministros Miguel Reale Jr., José Eduardo Martins Cardoso, Jose Gregori, José Carlos Dias, Aloysio Nunes Ferreira, Tarso Genro, Celso Amorim, Eugenio Aragão, Jacques Wagner e Raul Jungmann.

O chefe do executivo protocolou nesta sexta-feira (20) no Senado Federal o pedido de destituição de Moraes da condição de ministro do Supremo Tribunal Federal e a inabilitação para exercício de função pública durante oito anos, (Linkar com publicação de ontem), além de questionar um inquérito, já chancelado pelo plenário da Corte, que apura fake news e ataques a autoridades.

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